Duramente atacada pela crítica conservadora, a Semana subverteu os padrões artísticos e literários da época e virou um marco importante de nossa história, tornando-se matéria de reflexão sobre a cultura brasileira.
A proposta deste livro é aprofundar essa discussão e levá-la ao grande público. Os autores percorrem de maneira ampla os acontecimentos e bastidores da Semana de 22 e propõem análises inéditas sob vários aspectos.
Em 1972, nas comemorações de cinquenta anos do evento, Carlos Drummond de Andrade descreveu aquelas agitadas noites como um “grito no salão bem-comportado”, uma manifestação que seguia viva, ressoando.
Outros cinquenta anos se passaram e a Semana chega ao seu centenário mais viva do que nunca – o grito modernista segue ecoando pelos salões e influenciando nossas artes, nossa cultura, nosso pensamento.
Em 1972, nas comemorações de cinquenta anos do evento, Carlos Drummond de Andrade descreveu aquelas agitadas noites como um “grito no salão bem-comportado”, uma manifestação que seguia viva, ressoando.
Outros cinquenta anos se passaram e a Semana chega ao seu centenário mais viva do que nunca – o grito modernista segue ecoando pelos salões e influenciando nossas artes, nossa cultura, nosso pensamento.
A Semana de Arte Moderna é uma presença constante em nossa vida cultural. Podem mudar as interpretações, podem variar as opiniões acerca dela, mas parece impossível – ou mesmo imprudente – ignorá-la. Quem nunca ouviu algum comentário sobre seus participantes? Alguma anedota ou fato curioso sobre aquelas controversas noitadas de fevereiro de 1922? Por que será que eventos ocorridos há cem anos se tornaram um espectro tão marcante para o presente?
Uma possível resposta pode estar no fato de que o processo de reflexão e de criação que teve a sua manifestação simbólica – a sua “festa” – naquela famigerada Semana tenha durado bem mais do que sete dias. Foi um longo percurso pontuado por divergências e aproximações, por patentes contradições e pequenas conquistas que podem até parecer tímidas nos dias de hoje, mas que formariam uma base fundamental para uma série de novos entendimentos acerca da cultura brasileira.
Esta obra visa compreender esses elementos conflitantes e estruturais, analisando os acontecimentos e as interações humanas e artísticas que ocorreram durante um período de mais de uma década, em uma tentativa de buscar origens e avançar até um momento em que as preocupações dos modernistas começaram a assumir uma nova feição e profundidade. Antes do início, depois do fim: essa é a curiosa cronologia de uma Semana que, apesar de completar seu primeiro centenário, parece mais atual do que nunca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário