A milonga também é chamada por ritmo rio-platense, porque é comum na área de Argentina, Uruguai e Rio Grande Sul. Embora o ritmo seja muito conhecido na Argentina, teve muita influência no Rio Grande do Sul, formando parte das tradições gaúchas.
O termo “milonga” vem de uma palavra africana que significa “palavra”, também fazem a relação às origens com alguns tipos de danças africanas que se dançavam entre um homem e uma mulher, o que também se tornou uma característica da milonga.
No início, a milonga era um tipo de poema cantado, onde as letras eram mais importantes do que a música. Quando este ritmo foi evoluindo, as músicas viraram mais complexas e um pouco mais rápidas. Este ritmo surgiu no século XIX com os gaúchos argentinos e depois se introduziu ao Brasil pela fronteira com Argentina. Era uma música principalmente cantada pelos “payadores” acompanhados pela guitarra, logo depois se incorporaram instrumentos como a flauta, o piano e o violino.
A milonga foi influenciada por outros ritmos como o candombe, a mazurca e a valsa, e foi se formando o tango, ritmo que se tornou famoso mundialmente e foi evoluindo paralelamente à milonga. O termo milonga depois virou conhecido por ser uma dança, similar ao tango. Porém, o jeito de dançar milonga muda por regiões, por exemplo, a milonga rio-grandense gaúcha é uma dança calma.
Pelas influencias à dança, ela possui giros lentos entre outros cortantes, lembrando os ganchos e sacadas do tango. Em 1968 o conjunto Farroupilha gravou pela primeira vez uma milonga no Rio Grande do Sul, “A Milonga do Bem Querer”.
Na Argentina, o local onde as pessoas vão dançar tango, o salão de bailes, também é chamado de milonga.
Texto extraído de: https://www.reporterriograndense.com.br/2019/04/a-historia-da-milonga.html
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