A presente dissertação de mestrado tem como objetivo identificar as distintas manifestações festivo-religiosas do Congado na cidade de Ouro Preto, no Estado de Minas Gerais, a partir do estudo etnográfico da história de formação da Guarda de Congado e Moçambique de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia e da Guarda de Congo Manto Azul de Nossa Senhora Aparecida e São Benedito, identificando seus mitos fundadores, suas respectivas festas, seus aspectos ritualísticos e suas relações com as religiões de matriz africana. Enquanto manifestação cultural afro-brasileira, o Congado aparece para os integrantes das guardas como um espaço de construção de uma identidade positiva do ser negro diante das narrativas sobre o passado da escravidão em Ouro Preto, conferindo protagonismo e agência aos congadeiros e congadeiras que lutam por reconhecimento na cidade-patrimônio. Por meio do Congado, a pesquisa identifica a estruturação da cidade a partir da categoria do morro dos moradores, dos estudantes e do turismo, sendo essa teia de relações fundamental para a compreensão do projeto das guardas estudadas, suas narrativas de tradição e legitimação. Além disso, o estudo aponta para a rede de sociabilidade inerente às guardas de Congado como as viagens regionais e o sistema de pagamento de festa, indicando algumas das adaptações dessa rede diante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Para acessar a dissertação na íntegra:
Fonte Imagem: http://www.ouropreto.com.br/secao/artigo/festa-do-reinado-de-nossa-senhora-do-rosario-e-santa-efigenia
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