terça-feira, 26 de julho de 2022

Nas terras do Arrumação... Assunta Brasil!

 

Fonte: http://www7.fiemg.com.br/noticias/detalhe/nova-temporada-do-programa-arrumacao

O “Arrumação” estreou na TV em dezembro 1987, e desde então, mantém o objetivo de apresentar os valores da cultura brasileira abrindo espaços para as diversas manifestações da música, poesia, prosa, teatro, dança, folclore e o bom humor. O apresentador e idealizador Saulo Laranjeira define que o programa é território do autêntico e das diversidades, espaço da dimensão universal da arte nacional e suas linguagens atuais. “As Terras do Arrumação” aproxima as pessoas e toca a alma, e identifica o jeito de ser do povo brasileiro.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=X4lEL5iVsHc

O Programa Arrumação é uma odisséia, uma cruzada, uma história de muitas alegrias, que enche de orgulho a alma brasileira. Ficou marcadamente conhecido pelo público como As terras do Arrumação, lugar mágico que emociona, revela, projeta, registra, denuncia, resiste, homenageia e reverencia incondicionalmente a alma artística brasileira.

Fonte: http://cyberspaceandtime.com/?4qSoVTsWlMM.video

Ao longo destes quase quinze anos no ar, ora pela Rede Minas, ora pela TV Alterosa/SBT, o Arrumação formou gerações, virou tradição e bateu recordes com mais de 2000 artistas, em mais de 300 programas. De volta novamente a Rede Minas, o Arrumação tem o poder de unir anônimos e consagrados da MPB, do teatro, da dança, da poesia e do humor brasileiro dividindo o mesmo palco. Tudo isso sob a batuta de Saulo Laranjeira. Que na verdade é o sinônimo do programa.

Fonte: http://www.revistamais.com/materias/de-volta-as-terras-do-arrumacao 

O Arrumação é responsável pela manutenção de um espaço aberto para a divulgação e o registro de todas as manifestações culturais do Brasil.
O programa já demonstrou sua coragem e sensibilidade ao veicular os caminhos da musicalidade e do jeito de ser do povo brasileiro. Tornou-se, assim, referência e uma iniciativa pioneira que logo conquistou o interesse da classe artística e o carinho do público de Minas e do Brasil. Jornada rara dentro da programação da televisão brasileira, o Arrumação é um programa de auditório que aproxima o telespectador de sua identidade cultural em busca da verdadeira brasilidade. Sem preconceitos e sem receitas pré-fabricadas para obter sucesso duvidoso, o Arrumação provou por sua grande audiência, em vários momentos, que existe uma enorme demanda pelo reencontro de nossa identidade. 

Fonte: http://www.silmaradefreitas.com.br/banda-faca-amolada-uma-grande-atracao-da-happy-sunday-do-shopping-vale-do-aco/ 


O UNIVERSO DOS PERSONAGENS DE SAULO LARANJEIRA

Fonte: http://cantosagradodaterra2.blogspot.com.br/2014/06/saulo-laranjeira.html

O envolvimento de Saulo com a cultura popular do Vale do Jequitinhonha — onde nasceu — surgiu espontaneamente na infância e adolescência, por vivenciar, identificar-se e absorver as manifestações culturais e folclóricas da sua região. 

No começo da década de setenta foi morar no Rio de Janeiro e depois em São Paulo, sempre desenvolvendo um trabalho em favor da cultura brasileira em geral, principalmente na casa de cultura Fulô da Laranjeira, que inspirou o seu nome artístico. 

— A Fulô era um sobradinho que tive perto da Avenida Paulista, onde eu divulgava a cultura do Vale, na área do artesanato, da música, e de todo o Brasil. Além de apresentar-me, mostrava outros artistas, "batia papo" com eles no palco, porque sempre gostei de promover esse encontro e proporcionar ao público conhecê-los. Era inclusive um reduto de músicos emergentes da época, final da década de 70, que desenvolvia um trabalho na cultura regional, como o Renato Teixeira, Diana Pequeno, Dércio Marques, Elomar, Vandré, Xangai e muitos outros — conta Saulo. 

No Rio, Saulo trabalhou com crianças, surgindo nesse momento seu primeiro personagem: Véia Messina, uma velhinha de noventa anos, que servia para ilustrar historinhas que contava, levando-as ao máximo da imaginação sobre o ambiente do mundo regional.

— É uma camponesa, que vive nos boqueirões de serra, distante dos grandes centros, mas que fala coisas que mexem com as pessoas da capital, por causa de sua sabedoria, que se assemelha a uma filosofia intelectualizada, e seu linguajar extremamente simples, mas com um discurso poderoso de sabedoria natural, popular, fruto de observação — expõe.

Saulo conta que o personagem foi inspirado em uma velhinha que fez parte do seu convívio até os dezesseis anos de idade. 

— Os trejeitos e a personalidade da minha velhinha tem muito a ver com ela, que foi uma das responsáveis por eu ter ficado tão absorvido pela beleza da cultura popular e ter seguido esse caminho como uma meta. Com o tempo me preocupei que o personagem não fosse somente uma cópia dessa velhinha, mas que pudesse representar o poder do idoso que conseguiu potencializar sua consciência e seu conhecimento da vida. Hoje, ela tem características de muitas outras que fui "esbarrando" na vida ou que vi em filmes, no teatro — diz. 

Fonte: http://www.revistaipe.com.br/blog/?p=156

Saulo foi percebendo que o humor estava sempre presente em seu trabalho artístico e que deveria colocá-lo a favor de uma crítica social, com um compromisso de fazer o povo refletir sobre as questões culturais, sociais, ambientais. Assim foram surgindo personagens e amadurecendo com a prática, procurando absorver o máximo da psicologia e filosofia de cada um. 

— A pessoa se vê na condição do ridículo, frágil diante de um mundo globalizado, onde o consumismo é muito presente, fazendo com que se perca a noção da importância da solidariedade, do amor, da amizade, de preservar a natureza, e outros conceitos nobres da vida. Por mais que os personagens em alguns momentos tenham a pretensão de fazer rir somente, em outros mostram um lado de emoção, de reflexão, mais dramática, procurando levantar polêmica, questionar a sociedade, e isso é o que mais me interessa — confessa. 

— Assim surgiu o Zé da Silva Pereira, inspirado em um vaqueiro, filósofo popular por sua sabedoria natural do mundo, ajustado dentro de um universo do Guimarães Rosa, vivenciando um pouco o seu sertão místico. Depois vieram Kelé metaleiro, uma crítica a jovens culturalmente alienados; o bebum, crítica a respeito da pessoa totalmente fragilizada diante da bebida; o deputado João Plenário, inspirado na classe política brasileira em geral, com postura inconsequente e insensível; o João Macambira, um poeta popular que declama poemas fortes do sertanejo, utilizando-me de poesias minhas e de grandes poetas populares como Catulo da Paixão Cearense, Patativa do Assaré, Zé da Luz, Ademar de Paiva e Camilo Jesus de Lima — diz. 

— E o tema do meu trabalho sempre foi a cultura popular de Minas Gerais, por mais que eu ampliasse o leque mostrando, por exemplo, o caipira Geraldinho, inspirado em um matuto de Goiás, ou o sambista Juriti, inspirado no sambista carioca do morro — declara.

O Arrumação é fruto do Som Brasil, da década de 1980, apresentado pelo Rolando Boldrin, que me fez ficar conhecido nacionalmente como um artista envolvido com a cultura regional, tamanha a minha frequência no programa. E fui convidado para apresentar um no mesmo modelo, aqui em Minas, com artistas daqui, o que topei imediatamente. O nome e trilha sonora foram escolhidos por eu gostar de cantar a música Arrumação, do Elomar — conta. 

E segue o artista Saulo carregando todos os seus personagens dentro de si... 


GALERIA







Fonte: 
http://redeminas.tv/programa-arrumacao-inicia-nova-temporada/
http://www.arrumacao.com.br/principal.html 
http://anovademocracia.com.br/no-47/1858-a-arte-de-levar-a-cultura-ao-povo

Fonte do Espaço Galeria na ordem sequencial da apresentação:
(01) http://redeminas.tv/arrumacao/
(02) http://extra.globo.com/tv-e-lazer/prefeito-corrupto-em-velho-chico-saulo-laranjeira-secretario-de-cultura-em-minas-19296313.html
(03) - 
(04) https://radioloandafm.wordpress.com/2008/06/13/13-de-junho-show-em-loanda-saulo-laranjeira/
(05) http://www.elomar.com.br/vivendi/fotoc08.html


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