Francesa (AD), um olhar
interpretativo sobre a autoria nas obras do Sítio do Picapau Amarelo de
Monteiro Lobato. Partimos das concepções de autoria discutidas por Bakhtin
(1997), por Foucault (2001), Chartier (2012) e Eco (1986), a fim de
compreendermos como se dá a função autor na figura de Monteiro Lobato, como
autor de sua obra infantil, fazendo dessa uma revolução na literatura
infanto-juvenil no Brasil. Também buscamos compreender como, no contexto de suas
narrativas, a personagem Tia Nastácia assume a função-autor e cria seus dois
textos, os quais também revolucionam os rumos das histórias: Emília e Visconde
de Sabugosa. Nessa perspectiva, consideramos tanto a relação do autor, como
aquele que constrói, controla, inaugura e se torna responsável pelo discurso
(FOUCAULT), como consideramos a relação autor enquanto princípio criador
e produtivo do herói (BAKHTIN). Apoiados nas considerações sobre os
conceitos de texto, enunciado, discurso e sentido, discutidos por Bakhtin, Foucault, Gregolin e Orlandi,
pretendemos mostrar, a partir de enunciados da obra infantil de Lobato e de
seus personagens, como a função-autor pode ser vista na relação entre Tia
Nastácia, Emília e Visconde de Sabugosa e como essa relação reconfigura a
imagem da personagem Tia Nastácia na obra de Lobato. Ao final, também apresentamos
uma proposta de produção textual com marcas de autoria para os primeiros anos
do Ensino Fundamental II, a partir do livro Memórias da Emília (1936).
Para acessar a dissertação completa:

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