A obra de
Milton Nascimento e do Clube da Esquina se tornaram, ao longo do tempo,
referências estéticas essenciais para a compreensão da identidade do estado de
Minas Gerais. Neste trabalho, procuramos inicialmente identificar alguns dos
principais traços da história mineira e da formação de sua identidade, ou
"mineiridade", e em que medida isso influenciou os integrantes do
movimento. Para tanto, utilizamos teorias, sobretudo, de Zygmunt Bauman e de
Stuart Hall, buscando as noções básicas sobre identidade, e aprofundando em
estudiosos como Helena Bomeny e João Antônio de Paula a questão da identidade
mineira. Em seguida, buscamos salientar quais elementos dessa mineiridade foram
abordados por esse grupo de músicos, na forma e no conteúdo das canções
estudadas. Também partimos do pressuposto que a evocação da memória de Minas
feita pelo Clube da Esquina se deve, principalmente, a um esforço de se
posicionar contra o projeto da ditadura militar. Para isso, utilizamos idéias
de teóricos que abordam a questão da memória, como Walter Benjamin e Ecléa
Bosi. Dessa forma, não só tentamos distinguir os principais questionamentos que
emergiram desse corpus e das teorias utilizadas, mas também buscamos as
respostas que nos parecessem mais elucidativas acerca do desenvolvimento e
presença da mineiridade na obra do Clube da Esquina.
Para acessar a dissertação na íntegra:
https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/mestletras/DISSERTACOES_2/Mineiridade_clube_da_esquina.pdf
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