quarta-feira, 13 de abril de 2022

UMA IMAGEM, MIL PALAVRAS: Guerreiro, folguedo alagoano

 


Fonte Imagem: https://visitealagoas.com/cultura/folguedos-de-alagoas/

RELEITURAS: Arte - Ferramenta de Resistêcia Cultural (2021)

Artigo ressalta importância do diálogo entre as culturas para o dia mundial da Diversidade Cultural para Diálogo e Desenvolvimento


 
Por Danilo Nunes - músico, ator, historiador e pesquisador de Cultura Popular Brasileira e Latino-americana.

A cada dia torna-se mais urgente repensarmos o mundo pela ótica da diversidade cultural para que possamos compreender as formas, costumes, produção e necessidade dos povos.
É emergente o diálogo entre as culturas para construirmos um mundo mais sustentável, de igualdade social, direitos e liberdade, respeitando as diversidades.

Com base no dia 21 de maio que, está marcado no calendário da Organização das Nações Unidas o dia mundial da Diversidade Cultural para Diálogo e Desenvolvimento, instituído em sua assembleia geral no ano de 2002 após aprovação pela Unesco da Declaração Universal sobre Diversidade Cultural de 2001, precisamos reconhecer a necessidade de aumentar o potencial da cultura como meio de alcançar prosperidade, desenvolvimento sustentável e coexistência pacífica mundial.

Nós, seres humanos somos desde o momento em que somos inseridos na vida social, produtores de cultura. Aliás, somos a única espécie com essa capacidade, o que nos difere de todas as outras nos colocando na condição humana.

Somos capazes de voar sem ter asas, de atravessar o oceano sem ser peixe, de construir e destruir, de preservar os recursos naturais e/ou acabar com eles.
Somos por natureza, produtores de cultura, mas neste artigo quero abordar, com o intuito de reflexão, a forma simbólica da cultura: Arte.

A arte é a ferramenta cultural que tem a capacidade de comunicar a partir da própria experiência humana, trazendo à tona as condições sociais, econômicas e políticas do nosso planeta, assim como também é utilizada como instrumento de massificação pelo próprio sistema regente. Ela nos mostra uma capacidade inigualável de alienação dos povos, gerando as condições para a implantação e aceitação de sistemas que oprimem e colocam o ser humano na condição de explorador da própria espécie, assim como é capaz de nos libertar das amarras e do aprisionamento intelectual.

Foi a partir da cultura que descobrimos em nossa história a palavra Etnocentrismo, conceito utilizado para justificar todas as formas de exploração, invasão, colonização, escravidão e massacre das diferentes culturas.

Muitas vezes a arte foi utilizada como instrumento de segregação e divisão social, formando uma elite intelectual e econômica europeia que se autoproclamava melhor (culturalmente) do que povos intitulados bárbaros e selvagens, justificando e criando as condições para as invasões e retaliações.

A arte também é uma forte ferramenta de comunicação capaz de conscientizar a população e resistir, através de suas manifestações, denunciando e nos mostrando os verdadeiros sentidos e objetivos das ações das classes dominantes dentro do sistema capitalista e neoliberal.
Os (as) artistas se tornam agentes culturais de transformação social, capazes de levar a informação por meio da linguagem simbólica à lugares inacessíveis.


Qual o verdadeiro papel do (a) artista na sociedade? Entreter ou informar?

Posso dizer que são os dois, pois para informar e conscientizar é necessário entreter e para entreter é preciso ter o que dizer ou se apropriar do discurso.

Ter o que dizer é fundamental para o ser humano em todos os sentidos. Faz-se necessário a organização do discurso a partir da simbologia e seus significados o que demanda estudo das técnicas e atenta observação do mundo. Quando digo estudo, estou me referindo ao conhecimento das ferramentas artísticas e suas capacidades. Já a atenta observação nos traz o conhecimento das formas culturais (no fator antropológico) e as transformações naturais que as colocam em movimento permanente. Isso permitirá que o (a) artista um bom aproveitamento da ferramenta para despertar a atenção do público e tornar a comunicação mais eficiente, aproximando-o pela identificação ao discurso, compreendendo-o.

É relevante o grau de responsabilidade e importância que tem a arte em nosso mundo. A arte está e esteve presente, como protagonista em cada momento de luta e resistência, mas também já foi usada por sistemas para impor as condições de submissão aos povos.

É preciso saber em que lado da história estamos: Do explorador ou da resistência.

Dentro do isolamento social que fomos colocados em decorrência da pandemia da Covid-19, artistas de todo o mundo e de todas as culturas se tornaram, como nunca, essenciais em nossa vida cotidiana por meio de lives, shows, bate papos, cursos, entre tantas outras atividades, tirando as pessoas do ócio e da estagnação. No momento em que nos encontramos, os (as) artistas se fizeram extremamente necessários (as), não apenas como animador (a) de festa, mas como comunicador (a) capaz de estabelecer um diálogo consistente com a população, muitas vezes descrente e amedrontada sem saber o que será do amanhã.

Artistas, por consequência do momento vivido e por necessidade de comunicação, foram capazes de se apropriar das ferramentas tecnológicas em pouco tempo para que pudessem estar junto às pessoas em suas casas, por meio de computadores, celulares de forma independente sem fazer uso das formas midiáticas tradicionais de alienação de massa.

Portanto a arte não é apenas uma profissão como outra qualquer, mas também é ferramenta que possui grande responsabilidade na construção do mundo que queremos, trazendo à tona a partir da interpretação de seus símbolos as mais autênticas formas de expressão cultural da humanidade.

Dar condição ao (à) artista prosseguir com seu trabalho, torna-se necessário a partir de políticas públicas e oportunidade de trabalho.

Viva a Diversidade Cultural, identidades e pluralidades presentes e, viva a arte que resgata, reforça, comunica e questiona todo um sistema em defesa da humanidade: Igualdade e Liberdade dos povos!


Texto extraído de: https://mst.org.br/2021/05/17/arte-ferramenta-de-resistencia-cultural/
Fonte Imagem: https://mst.org.br/2021/05/17/arte-ferramenta-de-resistencia-cultural/


RELEITURAS: "É preciso reafirmar a importância da cultura" (2019)


‘É preciso reafirmar a importância da cultura’, defende Danilo Miranda
No momento em que a cultura, juntamente com a educação e a ciência, é colocada em xeque, é necessário que nós reafirmemos a sua importância como elemento formador do ser humano. A manifestação foi feita na manhã desta quinta-feira (23) por Danilo Santos de Miranda, diretor do Serviço Social do Comércio (Sesc) de São Paulo, durante a abertura do “Seminário de Cultura e Extensão: Desafios da Cultura e da Extensão na Universidade”, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Unicamp. O evento, realizado no Centro de Convenções da Universidade, terá continuidade nesta sexta-feira.
De acordo com Miranda, a cultura não pode ser tratada como um elemento secundário, como alguns segmentos defendem. “A cultura está relacionada diretamente à geração do conhecimento e ao exercício do pensamento, que são valores essenciais para o desenvolvimento da sociedade”, defendeu. O Sesc, continuou o dirigente, tem atuado justamente com esta visão, procurando oferecer a diferentes públicos manifestações artísticas e culturais que proporcionem beleza e encantamento, mas que também estimulem a reflexão e o debate.
“Nós entendemos a cultura a partir de dois conceitos, o ético e o estético. O primeiro nos orienta no sentido de fazer o melhor sob o ponto de vista do interesse público. O segundo, no sentido de fazer o que é mais adequado ao público, com qualidade. Agora, é importante dizer que não basta que as pessoas compareçam às unidades do Sesc. O nosso objetivo é que elas se integrem às ações que promovemos”, explicou.
Ricardo Ohtake, presidente do Instituto Tomie Ohtake, também enfatizou a importância da cultura na formação do ser humano e criticou a forma utilitarista como o setor vem sendo tratado na atualidade. “O utilitarismo é resultado da excessiva força do capitalismo na sociedade. Tudo é dinheiro, tudo tem que ter utilidade material. Infelizmente, é uma visão que tem prosperado tanto no Brasil quanto no restante do mundo, muito em consequência do avanço da extrema direita”, considerou.
O Instituto Tomie Ohtake, segundo ele, procura realizar atividades, como exposições de artes plásticas, que contribuam para a geração do conhecimento. “Gerar conhecimento é uma especialidade da universidade. Como nós não somos e nem queremos ser uma universidade, nós trabalhamos com o público que normalmente não é trabalhado pela academia, que são os estudantes das escolas públicas e os moradores da periferia. Como não temos padrinho, os recursos vêm frequentemente das leis de incentivo, o que nos deixa sempre em dúvida sobre a realização ou não de um próximo projeto”, revelou.
Ohtake contou que, num determinado momento, o Instituo resolveu cobrar ingressos para cobrir gastos que não haviam sido previstos no projeto de uma exposição. “Fixamos os valores em R$ 10 e R$ 5. Depois de alguns dias, notei que o público que frequentava o Instituo havia mudado. As pessoas mais humildes tinham deixado de ir. Pode parecer que não, mas R$ 10 é dinheiro que faz falta para muita gente. Quando percebi isso, a entrada voltou a ser gratuita”.

Cultura e extensão
As atividades do primeiro dia do seminário foram voltadas ao tema da cultura. Na sexta-feira, as reflexões terão como foco a extensão. Conforme o pró-reitor de Cultura e Extensão da Unicamp, professor Fernando Hashimoto, a Universidade é um ambiente cultural por excelência. “A cultura é um elemento transversal na formação do ser humano. É importante que a academia pense em como pode contribuir para que essa formação seja cada vez mais sólida”.
No Plano Nacional de Cultura, acrescentou Hashimoto, a universidade é mencionada em três aspectos específicos, nos quais é citada como promotora de políticas e fomentadora de ações culturais. “Esse é um trabalho que estamos intensificando na Unicamp. No aspecto da extensão universitária, temos considerado tanto a formação dos nossos estudantes quanto o diálogo com a sociedade”.
Sobre os cortes no financiamento público da cultura, Hashimoto salientou que a medida traz prejuízo para o setor, mas também para a economia do país. “Pouca gente sabe, mas a participação da cultura no PIB é de 8%, o dobro da indústria farmacêutica. Ou seja, cortar recursos do setor significa não apenas limitar a criatividade e a liberdade de expressão, mas também enfraquecer a economia”, ponderou. 

Texto extraído de: https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2019/05/23/e-preciso-reafirmar-importancia-da-cultura-defende-danilo-miranda
Fonte Imagem: https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2019/05/23/e-preciso-reafirmar-importancia-da-cultura-defende-danilo-miranda

terça-feira, 12 de abril de 2022

🎧 TRAMAS MUSICAIS: Viração - Kleiton e Kledir

🎧 TRAMAS MUSICAIS: Programa Ensaio - Almir Sater (1991)

🎧 TRAMAS MUSICAIS: Canto dos Congadeiros de Pratápolis e Riacho de Areia (DP) - Consuelo de Paula

🎧 TRAMAS MUSICAIS: Cd Cavaleiro Macunaíma- João Bá


1-Bom Jesus dos Dendês (João Bá/Toninho Carrasqueira)

2- Boi liberdade (João Bá/João Arruda)

3- Cavaleiro Macunaíma (João Bá/Ivone Cerqueira)

4- Fotossíntese (João Bá/Ney Couteiro)

5- Coração do Vale (João Bá/Fernando Guimarães)

6- Jalapão Encantado (João Bá)

7- Urucum (João Bá/Sergio Turcão/Nanah Correia)

8- Cantiga de lavandeiras (João Bá/Sergio Emmanoel Teixeira/Duda Barreto)

9- Paranapiacaba (João Bá /Levi Ramiro)

10- Zambabiô (João Bá)

11- Feira de Patamuté (João Bá/ Gereba/João Arruda)

12- Pé de cipó (João Bá/Fernando Guimarães)

13- Lavadeiras do Jequitinhonha (João Bá/Joaquim Celso Freire /Nádia Campos)

14- Ilha de Comandatuba (João Bá/Rita de Cásia Costa)

15-Constelação de Manaus (João Bá/Fernando Guimarães/Nádia Campos)

16- Tuiuiu (João Bá)


🎧 TRAMAS MUSICAIS: CORAÇÃO CIVIL (MILTON NASCIMENTO/FERNANDO BRANT) - GRUPO CATAVENTO