Junho é mês de quentão, quadrilha
e de celebrar Santo Antônio, São João e São Pedro. Conheça a história de cada
um.
Canjica, arroz-doce, quentão… Além de comidas e brincadeiras típicas, a comemoração é uma tradição
católica em que são celebrados os dias de São João, Santo Antônio e São Pedro.
Mas até quem não segue a religião pode aproveitar os festejos e caprichar nos
pedidos e simpatias.
Festa Junina: origem e tradição
Comemorar o mês
de junho é um hábito antigo em várias partes do mundo. Antes do nascimento de
Jesus, os povos pagãos do Hemisfério Norte celebravam o solstício de verão, o
dia mais longo e a noite mais curta do ano, que, lá, acontece em junho. As
festas ocorriam para pedir aos deuses a fertilidade da terra e garantir boas
colheitas nos meses seguintes. Com o avanço do Cristianismo, a Igreja
incorporou a tradição e, no século VI, os ritos da festa do dia do solstício,
em 21 de junho, passaram para o dia do nascimento de São João Batista, em 24 de
junho. Mais tarde, no século 13, foram incluídas no calendário litúrgico as
datas comemorativas de Santo Antônio (dia 13) e São Pedro (dia 29). É por isso
que esses três santos são os padroeiros das festas juninas!
Santo Antônio, o casamenteiro
Nasceu em Lisboa,
em 1195, e foi batizado com o nome de Fernando de Bulhões. Em 1220 trocou o nome
para Antônio, ingressando na Ordem Franciscana. Padroeiro dos pobres e
considerado o santo casamenteiro, também é invocado para achar objetos
perdidos.
Fernando seguiu para o atual Marrocos para desenvolver
trabalho missionário, mas sua saúde não se adaptou ao clima africano. Doente,
voltou à Europa, dessa vez na Itália, e se curou. Nesse período, demonstrou
grande talento para a oratória, além de grande conhecimento da Bíblia. Seus
sermões impressionavam tanto os intelectuais quanto as pessoas simples.
Seu carisma conquistava multidões, mas sua saúde, porém,
continuava frágil e ele morreu em 13 de junho de 1231, sendo canonizado no ano
seguinte. Santo Antônio está enterrado em Pádua, na Itália, e sobre seu túmulo
foi construída uma basílica, que é lugar de grande peregrinação.
O pão de Santo Antônio, que a Igreja Católica oferece no dia
13 de junho, deve ficar guardado com os outros mantimentos na cozinha para que
nunca falte comida em casa.
São João Batista, protetor dos doentes
Mais
conhecido como São João apenas, ele tem um diferencial dos outros: enquanto
comemora-se no dia de sua morte, com ele a data é de seu nascimento, que teria
sido em 24 de junho de ano desconhecido.
João Batista foi profeta e precursor de Jesus Cristo. Era
filho de Zacarias, um sacerdote de Jerusalém, e de Isabel, parente da mãe de
Jesus. Ele apareceu como pregador itinerante no ano de 27 d.C. e aqueles que
confessavam seus pecados eram por ele lavados no rio Jordão, na cerimônia do
batismo. Até o próprio Jesus foi batizado lá.
A região que São João usava para os batismos é tão importante
que Israel e a Jordânia disputam a posse do local exato do rio até hoje, já que
isso atrai uma imensa quantidade de peregrinos e turistas.
Em certa época, São João passou a ser perseguido e foi atirado
na prisão por haver censurado o rei Herodes Antipas, quando este se casou com
Herodíades, a mulher de seu meio-irmão. De acordo com a Bíblia, Herodes
prometeu à jovem Salomé, filha de Herodíades, o que ela lhe pedisse, depois de
ficar hipnotizado ao vê-la dançar. Instigada pela mãe, Salomé pediu a cabeça de
João Batista, que lhe foi entregue numa bandeja. O triste episódio teria
ocorrido em 29 d.C.
Diz a Bíblia que foi ele quem batizou Jesus. É o mais famoso
dos três santos de junho, tanto que as festas juninas são conhecidas como
festas joaninas ou festas de São João. É protetor dos casados e enfermos,
protegendo contra dor de cabeça e de garganta.
São Pedro, dono da chuva
Nascido com o nome de
Simão, foi chamado de Cefas (pedra, em aramaico) por Jesus, por sua liderança.
É visto como o primeiro papa da Igreja, e, segundo a tradição católica, foi
nomeado chaveiro do céu. É atribuída a ele a responsabilidade de fazer chover e
mudar o clima.
São Pedro era um pescador no mar da Galiléia, casado. Irmão
de Santo André, os dois foram chamados por Cristo para se tornarem “pescador de
homens”. Seu nome original era Simão, mas Jesus deu-lhe o título de Kephas,
que, em língua aramaica, significa “pedra”, e cujo equivalente grego tornou-se
Pedro.
O nome surgiu quando Simão declarou “Tu és Cristo, o filho de
Deus vivo”, ao que Jesus respondeu “Tu és Pedro e sobre essa Pedra edificarei
minha Igreja”, entregando-lhe as “chaves do reino do Céu” e o poder de “ligar e
desligar”. Os evangelhos dão testemunho da posição de destaque ocupada por
Pedro entre os discípulos de Jesus. No entanto, mesmo assegurando que jamais
trairia Cristo, negou conhecê-lo por três vezes, quando seu mestre foi preso.
Após a ressurreição, Pedro foi o primeiro apóstolo a quem Cristo apareceu e,
depois disso, ele se tornou chefe da comunidade cristã.
Contam que Pedro teria sido crucificado em Roma e pesquisas
arqueológicas têm contribuído para confirmar este fato, de que ele foi
martirizado a mando de Nero. Dizem ainda que o santo pediu para ser crucificado
de cabeça para baixo, para não igualar-se a Jesus e no local onde foi
sepultado, ergueu-se a basílica do Vaticano, mas isso não foi confirmado pelos
arqueólogos.
Texto extraído de: http://sintcopepetrolina.org.br/noticia/santo-antonio-sao-joao-e-sao-pedro-historias-dos-santos-juninos/1427
Fonte Imagem: http://sintcopepetrolina.org.br/noticia/santo-antonio-sao-joao-e-sao-pedro-historias-dos-santos-juninos/1427