Quem nasceu
como eu
Com os pés no
regato
E cresceu flor
do mato
Em beira de
estrada
Olhando a
passagem
De quem vai em
viagem
Pra qualquer
lugar
Quem nasceu
como eu
Com os olhos
postos numa estrela
Querendo
entender
O além, o
instante
O amigo do lado
Querendo
entender
Quem nasceu
assim como eu
Não vive essa
vida, mas outra
Surgida de
sonhos, de versos ouvidos
De histórias
criadas, contadas
Ao pé da
fogueira acendida
Num centro de
alma vazia
Quem nasceu
como eu
Quando perde um
armo, um irmão, um amigo
É levado do
peito o abrigo
É voltar a
viver ao relento
Exposto à
sombra e ao vento
Que sopra de
noite e de dia
E paga a
fogueira que ardia
Relento
(Simone Guimarães e Cristina Saraiva)
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